Fim de um ciclo. DEM x PSB é coisa do passado

segunda-feira, 5 de maio de 2014





Depois de 2 décadas e meia, PSB e DEM deixam as arestas de lado e se unem em um mesmo projeto: o insignificante Paulo Câmara.

Em 86, o então PFL defendeu Zé Múcio contra Arraes. Hoje, Zé Múcio está com eles. Em 90, vencemos a eleição com Joaquim Francisco, num embate muito duro contra Jarbas, que tinha o apoio dos Arraes. Joaquim está com eles.

Em 1992, lançamos o nome de André de Paula, que depois foi líder do DEM na Câmara Federal, candidato a vice-prefeito e presidente estadual por mais de 14 anos. André de Paula está com eles.

Quando nosso candidato a prefeito, e vencedor da eleição, foi Roberto Magalhães, Arraes estava com Roberto Freire. Quando Magalhães disputou a reeleição, o PSB lançou Dilton da Conti e no segundo turno ficou com o PT de João Paulo. Roberto Magalhães está com eles.

Ao longo de todo esse tempo, defendemos o legado de Jarbas, que, diuturnamente, era apontado pelo PSB como exemplo de fracasso na gestão pública. Jarbas foi achincalhado pelo PSB. Jarbas achincalhou o PSB. Jarbas também está com eles.

Claro, tudo em nome da NOVA POLÍTICA. 

Quando o pior dos piores apareceu, João da Costa para prefeito de Recife, o PSB estava lá, junto e indicando o vice.

Veio Geraldo Júlio e todos estavam juntos. Todos menos o DEM. Seguiu coerente. Independente e sem se curvar ao poder de plantão.

Toda essa resistência cesou. Forçados pelas circusntâncias, o DEM cedeu e hoje também está com eles.

É verdade que andar lado a lado com Armando Monteiro seria muito contraditório para um partido que tem um líder de oposição brilhante como Mendonça Filho, que todos os dias bate no governo Federal.

Roberto Magalhães é primo de Armando. O pai de Mendonça votou em Armando para o senado. Nos maiores colégios em que é votado (Belo Jardim, Santa Cruz e outros), a vontade do eleitorado de Mendonça Filho era uma aliança em torno de Armando. Nada disso foi o bastante para convencê-lo de que apoiar o PSB não seria pior do que apoiar o PTB.

Mendonça não conseguiria andar na companhia de Armando e organizar um evento para anunciar apoio ao senador com a presença de João Paulo, Humberto, Teresa Leitão e outros petistas. Não dá para apontar incoerência, ainda mais quando lembramos o fato de que foi Eduardo e o PSB que mudaram. Foram eles que abandonaram as asas do governo e caminharam para a oposição.

Francamente, eu não via outra hipótese a não ser essa de apoio ao PSB, uma vez que o PSDB não lançou candidato, e também está com eles.

Mendonça talvez tenha esquecido a galinha que o PSB colocou à porta de sua mãe. Talvez tenha esquecido tantas acusações mentirosas que inventaram contra seu governo e contra as empresas de seu pai. Talvez esqueça o empenho de Eduardo e do PSB em acabar com o DEM, ao apoiarem a criação do PSD. 

Eu não esquecerei.

Quem quiser que ande com essa gente, que não economizou esforços para acabar conosco e aplaudia Lula, quando este dizia que iria EXTIRPAR O DEM. Esses que agora discursam reconhecendo ações da gestão JARBAS/MENDONÇA são os mesmos que divulgavam notas até semanas atrás criticando tudo que existia em Pernambuco até 2006.

Apoiar a candidatura de Paulo Câmara é apoiar todo o discurso do PSB ao longo dos tempos que nos colocam como antagonistas do Estado.

Apoiar um mero desconhecido, que não será governador, e sim governado, implica em reconhecer os feitos da gestão de Eduardo como governador, embora tenhamos sido oposição a ele durante 7 anos e 3 meses.

EU SOU DEM E DIGO NÃO A PAULO CÂMARA.

6 comentários:

Anônimo disse...

Há um velho ditado que diz: quando
não puder com o inimigo, se junte a ele; mas eu morro na tuia e não voto
em paulo camara.

Anônimo disse...

Eu tbém não voto nesse tal de Camara.

Anônimo disse...

TUDO PELO PODER, Essa é a Frase, ou Eu Tô errado Wagner........

Anônimo disse...

Eu sou PSD em Belo Jardim e digo NÃO A PAULO CAMARA.

MARCELINOREP disse...

ISSO É IMCRIVEL OU NÃO?

Anônimo disse...

Paulo Cãmara? Quem é esse? Tô fora, meu!!! Eduardo pensa que "enfia" goela abaixo esse Paulo Cãmara como fez na prefeitura de Recife com Geraldo Júlio. Na "governanaça" do Estado, a conversa é outra. Vamos ver?